Causas

Desde a infância e adolescência, as travestis e pessoas trans enfrentam barreiras no ambiente escolar. O preconceito, a falta de políticas de inclusão e a violência verbal e física fazem com que muitas abandonem os estudos antes da conclusão do ensino básico.

Além disso, a ausência de programas educacionais voltados à população trans agrava ainda mais essa exclusão, dificultando a continuidade acadêmica e o acesso a oportunidades profissionais. Mesmo aquelas que persistem enfrentam um sistema rígido e despreparado, que ignora suas identidades e as obriga a lidar com constrangimentos diários.

O problema não se limita ao ensino básico: universidades e instituições de ensino superior também não possuem medidas eficazes de inclusão, tornando difícil para as travestis e pessoas trans ingressarem e se manterem nesses espaços. Sem suporte, muitas desistem antes mesmo de iniciar ou concluir seus cursos.

Os principais desafios incluem:

Evasão/expulsão escolar – As travestis e pessoas trans enfrentam transfobia e falta de suporte dentro da escola, resultando na interrupção precoce dos estudos.

Falta de inclusão no ensino superior – A ausência de cotas, políticas de permanência e ambientes seguros faz com que poucas travestis e pessoas trans tenham acesso à graduação.

Preconceito estrutural – Muitas escolas, universidades, empresas e órgãos públicos não possuem diretrizes claras para garantir o respeito à identidade de gênero, dificultando a vida acadêmica e profissional.

Despreparo dos profissionais da educação – Professores e gestores escolares, muitas vezes, não recebem treinamento adequado sobre diversidade de gênero, o que contribui para um ambiente hostil e excludente.

Falta de materiais educativos inclusivos – A invisibilização de travestis e pessoas trans nos conteúdos escolares reforça estereótipos e limita o aprendizado sobre diversidade.