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A saúde mental é um aspecto essencial do bem-estar de qualquer pessoa. No caso de travestis e pessoas trans, o cuidado psicológico se torna ainda mais urgente diante de realidades como exclusão, violência, discriminação e dificuldades de acesso a serviços de saúde. Garantir atenção à saúde mental dessa população é uma questão de dignidade, direito e sobrevivência.
Diversos estudos apontam que travestis e pessoas trans têm taxas de sofrimento psíquico e suicídio muito superiores à média da população. Segundo dados da ANTRA e de pesquisas acadêmicas, o Brasil é um dos países que mais mata pessoas trans no mundo — e isso se reflete diretamente na saúde emocional.
É fundamental que os profissionais de saúde estejam capacitados para atender travestis e pessoas trans com respeito, empatia e sem transfobia. Muitas vezes, o consultório psicológico é o primeiro espaço onde a pessoa pode falar sobre sua identidade sem julgamento.
O SUS oferece atendimentos psicológicos gratuitos em CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e unidades básicas de saúde. Também existem serviços específicos voltados à população LGBTQIA+ em algumas cidades.
As violências diárias que travestis e pessoas trans enfrentam impactam diretamente sua saúde mental:
Rejeição familiar e social
Violência física e verbal
Desemprego e vulnerabilidade econômica
Discriminação nos serviços de saúde
Abandono escolar
Insegurança habitacional
Solidão e invisibilidade
Esses fatores aumentam a incidência de depressão, ansiedade, automutilação e ideação suicida.
Apesar dos desafios, travestis e pessoas trans constroem redes de resistência, afeto e cuidado que ajudam a preservar sua saúde mental. Algumas ações que contribuem para o fortalecimento emocional incluem:
✅ Acesso a psicólogos e profissionais preparados
✅ Grupos de apoio entre pares
✅ Projetos sociais e comunitários
✅ Espaços de acolhimento e escuta ativa
✅ Reconhecimento da identidade de gênero em todos os espaços
✅ Oportunidades de trabalho, estudo e lazer
É papel do Estado garantir que travestis e pessoas trans tenham acesso a atendimentos de saúde mental gratuitos, contínuos e de qualidade, com profissionais capacitados e espaços seguros. O cuidado com a mente é parte da luta por cidadania.
Cuidar da saúde mental de travestis e pessoas trans é reconhecer suas vivências, acolher suas dores e valorizar suas existências. Em um mundo que insiste em violentar, criar espaços de escuta, afeto e cuidado é um ato de resistência e de amor.
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